Você está cobrando um preço justo?

O preço é uma das maneiras de mensurar o valor das coisas, sejam elas tangíveis ou intangíveis. Ou seja, tudo aquilo que é possível de ser comprado ou vendido tem um preço.

A discussão de preços porém, não pode ficar restrita às áreas de marketing ou vendas. É necessário envolver toda a organização neste processo, já que o preço adequado é fundamental para que os produtos e serviços possam competir no mercado. É necessário que as empresas tenham objetivos claros, específicos e possíveis de serem atingidos. E para tal, fazer o planejamento das ações e dos processos é muito importante.

O departamento de planejamento – ou os responsáveis por essas tarefas – deve estar envolvido em todo o processo de formação de preço, uma vez que, é o setor que tem todas as informações, desde as cotações de matéria prima até a chegada ao consumidor final, contemplando assim a cadeia produtiva – de bens ou serviços – da qual a empresa participa.

Mas a discussão sobre o que é um preço justo, passa tanto pelas questões inerentes às empresas, quanto às inerentes aos consumidores. Vamos considerar três fatores de cada lado, explorá-los e entender o que é efetivamente, um preço justo.

As empresas têm custos, investem e precisam ter margem. Os consumidores querem qualidade, inovação e diferenciação. Obviamente que existem muitos outros fatores que determinam o preço de ambos os lados, contudo, explorando estes podemos chegar a um denominador de preço justo.

O custo nada mais é do que o esforço financeiro empregado diretamente na obtenção de um bem ou serviço, e normalmente está atrelado à mão- de- obra direta e as matérias primas. Este esforço precisa ser recompensado, e compõe a maior parte do preço. Já os investimentos são gastos que trarão retorno às empresas no médio e longo prazo, desde que bem planejados, possibilitando entregar produtos de maior qualidade, com mais tecnologia e a custos menores. Já a margem é necessária para manter o negócio ativo e saudável, além de remunerar o capital investido.

Produtos e serviços de qualidade é consenso entre os consumidores. É fundamental e torna-se uma vantagem competitiva. A inovação é perseguida pelos empresários e é um fator que leva, normalmente, ao fechamento de vendas. Estamos na era da economia digital, onde a tecnologia está atrelada à inovação e junto com qualidade, é desejo constante dos consumidores. Já a diferenciação, é algo mais complexo e, quando uma empresa consegue entregar uma solução (por meio de produtos e serviços) diferenciada, ganha uma vantagem competitiva mais duradoura.

Compor custos e investir de maneira correta requer planejamento cuidadoso. Se assim for feito, a empresa terá margem. Mais do que isso, entregará produtos de qualidade, inovadores e diferenciados. Fazer preços, segundo esta abordagem, está muito além de observar a concorrência ou repassar custos e impostos. O preço (sua composição) é uma atividade tão importante quanto produzir e vender, já que, será o primeiro fator que chamará  a atenção do seu cliente.

Logo, se as empresas fizerem um bom planejamento estratégico e de fato o multiplicarem em todas as atividades, a composição dos preços será bem executada e os consumidores serão satisfeitos, pois, estarão comprando aquilo que desejam sem pagar a mais por isso. O preço justo é aquele que satisfaz as duas partes, trazendo margens para as empresas e atendendo as necessidades e desejos dos clientes. Esse é o conceito de valor, que vai muito além do que é caro ou barato.

[Publicado no portal PartnerSales – Escrito por Moises Bagagi]

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