A economia brasileira vive um momento delicado e desafiador. Há uma instabilidade política que está afetando um dos fatores determinantes tanto da oferta, quanto da demanda, que é a expectativa dos agentes. Ou seja, se as expectativas não são boas, a tendência natural é a retração, fazendo com que as pessoas comprem menos e as empresas observam queda nas vendas.
Por isso que em momentos como o que enfrentamos, é muito importante ter um bom plano estratégico que deve ser bem estruturado, sólido, possível de ser posto em prática e que tenha foco em resultados positivos no médio e longo prazo. Dessa forma, a empresa terá condições de enfrentar eventuais momentos de crise, já que a economia é cíclica.
Mas no curto prazo, é necessário pensar na liquidez do negócio, muitas vezes, sacrificando margens. O intuito é que no curto prazo, a empresa possa administrar um momento desfavorável mas ao mesmo tempo, estar preparada para crescer, independente do tamanho, do poder econômico e do setor de atuação.
Porém a questão central é: como fazer isso, se os recursos – principalmente os financeiros – estão escassos?
A resposta é um tanto óbvia, contudo, complexa em sua aplicação. Estamos falando de produtividade.
Produtividade significa fazer mais com menos. Na verdade – eu gosto de pensar um pouco diferente – é fazer mais com a mesma quantidade de recursos disponíveis, o que trará maior aproveitamento aos fatores de produção, de vendas, de marketing, de logística e finanças, fazendo com que a escala da empresa seja crescente e os custos, na contramão do movimento, sejam proporcionalmente, decrescentes.
Os fatores produtivos mais importantes são o tempo, os insumos básicos (no caso das fábricas), a cadeia de suprimentos, tecnologia, dinheiro e principalmente mão-de-obra. Se forem aproveitados com eficiência e eficácia, a empresa consegue se estruturar para o futuro – e já obter resultados expressivos no médio prazo – e administrar as adversidades do presente, evitando os transtornos da perda de liquidez no caixa.
Melhora finalmente, sua competitividade – seja via vantagens comparativas ou competitivas – que nada mais é do que sua capacidade de vencer seus concorrentes e obter resultados sustentáveis no longo prazo.
Portanto, se uma empresa é produtiva, logo ela será também, competitiva.
Mas há um detalhe importante que, se não observado e posto em prática, tudo o que foi dito são apenas ensaios teóricos. Esse detalhe é o treinamento efetivo e constante da mão-de-obra.
Empresas que investem em treinamentos com frequência, estão sempre na vanguarda de novas tecnologias, ficam cada vez menos expostas aos riscos operacionais – como erros por incompetências e fraudes – e financeiros, desenvolvem processos internos mais inteligentes, baixam seus custos e perdas, produzem com maior qualidade e conseguem desenvolver métodos para otimizar a utilização dos fatores de produção.
Vencer o desafio de uma economia instável faz parte do jogo. Aceitar viver em uma empresa instável por conta da baixa produtividade é uma escolha. Por isso temos que pensar na seguinte questão: Se eu posso escolher ser mais produtivo, por que escolheria não o ser?
Tenha foco em resultados, analise constantemente seus processos e persiga veementemente melhores índices de produtividade, sempre planejando minimamente cada passo que será dado. Quem não planeja, não define objetivos. Quem não tem objetivos, não chega a lugar algum.
[Publicado no portal PartnerSales – Escrito por Moises Bagagi]
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