As micro e pequenas empresas nacionais têm muitos desafios em um mercado tão competitivo e polarizado em torno das grandes empresas. Há muitas dificuldades para os pequenos empresários consolidarem seus produtos e marcas e, garantir um negócio rentável e sustentável no médio e longo prazo.
A gestão da pequena empresa sofre muito, seja por falta de recursos financeiros, qualificação especifica dos empreendedores e atratividade de talentos. Tudo isso atrapalha, mas um fator em especial, acaba gerando barreiras ao crescimento dessas empresas: a gestão não profissional.
As empresas pequenas são, em sua grande maioria administradas por seus fundadores e sócios, que são muito competentes quanto a visão de mercado, negociação e inovação, mas que não têm, em sua grande maioria, um preparo técnico e profissional sobre gestão, o que envolve as finanças, os recursos humanos, o marketing, as operações, vendas, logística e a área jurídica. De fato eles trabalham e são motivados e orientados a buscar desenvolvimento e crescimento, mas acabam tendo dificuldades por não terem um preparo adequado para gerir. De fato são empreendedores, mas não são gestores.
Logo, profissionalizar a gestão das pequenas empresas é preciso ao passo que a competitividade dos mercados exige. Contudo, as empresas menores não têm condições da pagar os altos salários dos executivos das grandes empresas. Não geram, na maioria dos casos. atratividade aos novos talentos e aos profissionais competentes e bem formados que podem contribuir decididamente com o desenvolvimento dessas empresas.
Há vários caminhos possíveis, mas destaco aqui dois deles:
a) Profissionalizar os próprios empreendedores e torná-los gestores profissionais de grande gabarito;
b) Atrair novos talentos – estudantes e recém-formados – com a possibilidade de, num futuro próximo, serem os executivos de companhias que eles mesmo ajudarão a crescer, podendo até chegaram a serem sócios.
Mas nem tudo é tão fácil e simples. É preciso criar uma cultura que aproxime os empreendedores dos gestores no sentido de que um depende do outro para ter sucesso. Aprender a aproximar a visão e o faro dos negócios (dos empreendedores) com a serenidade e técnica (dos gestores) para que o custo dessa mudança cultural seja o menor possível, tanto em termos monetários quanto em termos sociais.
A economia precisa das pequenas empresas. Elas são importantes, geram empregos, trazem inovação e ajudam o consumidor a ter mais opções, gerando uma concorrência saudável. Pra isso, buscar ajuda e aconselhamento é um caminho viável.
Pense no seu negócio hoje – seja você um empregado ou um empreendedor – e aja. Você está disposto a ajudar uma empresa pequena a crescer? Você só tem a ganhar…
Escrito por Moises Bagagi
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